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O papel terapêutico do Programa Farmácia Viva e das plantas medicinais

RESUMO
Este trabalho realizou um levantamento sobre o uso de plantas medicinais na cidade de Picos-PI, identificou as plantas cultivadas no horto pertencente ao Laboratório Fitoterápico de Picos (LAFIPI), e analisou o uso de fitoterápicos dispensados pelo Programa Farmácia Viva no triênio 2008-2010. Do total dos 750 entrevistados, 37,6% foram homens e 62,4 % mulheres, dentre os quais a maioria não concluiu o segundo grau (69,2%) e 77,2% possuíam renda mensal de até dois salários mínimos. Com relação ao consumo de plantas medicinais, 76,3% afirmaram utilizá-las para tratar doenças, principalmente por considerá-las mais saudáveis (84,8%). A indicação do uso foi orientada, sobretudo, por familiares (82,2%), embora a maioria adquira as plantas em feiras livres (32,8%). Das 127 plantas relatadas, as mais citadas foram erva-cidreira, boldo e hortelã, sendo as folhas a parte mais utilizada (42,3%), predominantemente por infusão (39,4%). As aplicações mais lembradas foram para tratar dores em geral (17%), distúrbios respiratórios (16,5%) e digestivos (16%). As espécies mais cultivadas no horto são chambá (Justicia pectoralis), alecrim pimenta (Lippia sidoides), malva santa (Plectranthus barbatus) e erva cidreira (Lippia alba). O lambedor de chambá foi o fitoterápico mais procurado pela população entre 2008 e 2010. Esse estudo descreveu, pela primeira vez, o uso tradicional de plantas medicinais no município de Picos e demonstrou, também de forma inédita, a relevância de investimentos do Programa Farmácia Viva no município de Picos e sua inclusão no Programa Saúde da Família como forma de disponibilizar à população de baixa renda fitoterápicos produzidos localmente a custos reduzidos.

PEREIRA, J. B. A. et al. O papel terapêutico do Programa Farmácia Viva e das plantas medicinais. Revista Brasileira de Plantas Medicinais [online]. 2015, v. 17, n. 4 [Acessado 20 Agosto 2022] , pp. 550-561. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1983-084X/14_008>. ISSN 1983-084X.

https://www.scielo.br/j/rbpm/a/fVvDxgMxXMdQHPs44wqWNYH/?lang=pt

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EMBRAPA
Qualidade em plantas medicinais

O Brasil possui uma “farmacopéia popular” muito diversa, baseada em plantas medicinais, resultante da miscigenação cultural, que originou o país, proporcionada por europeus, africanos e indígenas. Associado a isso há que se considerar ainda as dimensões continentais do país com suas peculiaridades edafoclimáticas, características de cada região, bioma e unidade de paisagem. Dessa forma há necessidade de se conhecer a grande diversidade de plantas medicinais, muitas das quais ainda nem descobertas. ...

O Brasil abriga cerca de 55 mil espécies de plantas, aproximadamente um quarto de todas as espécies conhecidas. Quanto maior o número de espécies, maior o potencial de novos medicamentos. A despeito dos mais de 50 anos de pesquisa com plantas medicinais no país, o número de espécies estudadas ainda é muito reduzido. Considera-se plantas medicinais aquelas que possuem, em um ou mais órgãos, substâncias utilizadas com finalidade terapêutica, ou que sejam ponto de partida para a síntese de produtos químicos e farmacêuticos. E os compostos quimicamente ativos responsáveis pela ação terapêutica são denominados “princípios ativos”.

Carvalho, Luciana Marques de. Qualidade em plantas medicinais / Luciana Marques de Carvalho, Jennifer Anne Martins da Costa, Marcelo Augusto Gutierrez Carnelossi – Aracaju : Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2010. 54 p. (Documentos / Embrapa Tabuleiros Costeiros, ISSN 1517-1329; 162). Disponível em http://www.cpatc.embrapa.br/publicacoes_2010/doc_162.pdf

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/884897/1/doc162.pdf

Orientações técnicas para o cultivo de plantas medicinais, aromáticas e condimentares.

A qualidade, particularmente das plantas medicinais, comercializadas no Brasil é ainda baixa. Dentre os principais problemas destacam-se (i) o teor de princípio ativo menor do que o recomendado ou esperado; (ii) presença de elementos estranhos (partículas de terra, fuligem proveniente da queima de combustíveis e partes de insetos, por exemplo); (c) falsificações (espécie botânica errada); e, algumas vezes, (iv) presença de resíduos de agroquímicos. O cultivo dessas plantas, em vasos, varandas, jardineiras, jardins, quintais, hortos ou mesmo em áreas comerciais com maior extensão, desde que feito com critérios e cuidado, surge como importante alternativa para evitar tais problemas e contribuir com o aumento da qualidade do material produzido, comercializado e utilizado no cuidado da saúde, e algumas vezes também como condimento.

http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1028982

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O Ebook “Plantas Medicinais do Jardim Botânico de Porto Alegre”  integra as ações do projeto Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Rio Grande do Sul ( Projeto APLPMFITO/RS).

O conteúdo apresenta as 18 espécies mais utilizadas no RS e que fazem parte do horto demonstrativo e medicinal localizado no Jardim Botânico, em Porto Alegre. O local é aberto à visitação pública e de escolas, pesquisadores e universidades.

O livro, produzido por meio de uma parceria entre a Secretaria Estadual da Saúde (SES) e o Jardim Botânico, foi organizado pelos especialistas Clarice Azevedo Machado e José Fernando da Rosa Vargas.

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https://comunicacaoorganizada.files.wordpress.com/2009/07/guia-do-visitante.pdf

https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20190154/17115411-e-book-plantas-medicinais.pdf

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FOTO

O Horto Florestal de Camaçari foi criado na década de 70 e na época sua extensão territorial era de, aproximadamente 15 hectares. Porém, o espaço foi reduzido ao longo dos anos, e hoje possui menos de 4 hectares. Até 2009, a área compreendia 4,7 hectares, mas foi ainda mais reduzida.

A finalidade principal do horto florestal de Camaçari é produzir mudas de árvores que são plantadas nas áreas urbanas, e anel florestal do município. O espaço também é utilizado para promoção de lazer e cultura, para fins de educação voltados à preservação do meio ambiente, junto com a população. No local, os visitantes ainda podem conhecer como funciona a plantação de mudas da Mata Atlântica, processo feito no viveiro que conta com a diversidade de mais de 70 espécies como a que dá o nome ao Município, a Camaçari, e Pau-brasil.

Disponível em: http://www.camacarinoticias.com.br/noticias/9/264,horto-florestal-de-camaccari-patrimconio-verde-sufocado-pelo-progresso.html. Acesso em: set. 2016.

Disponível em:  https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=428237

Reconstrução e inauguraçao em 27/09/2021
https://www.camacari.ba.gov.br/homenagem-e-emocao-marcam-inauguracao-do-novo-horto-florestal-linaldo-da-silva/

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mais em: 

https://www.flickr.com/photos/costapppr/

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