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Contribuições das plantas medicinais para o cuidado e a promoção da saúde na atenção primária

RESUMO

Analisaram-se programas e ações de fitoterapia na atenção primária à saúde brasileira (APS) a partir da literatura. O metaestudo incluiu seis bases de dados, de 1988 a 2012, sendo registradas 24 publicações. A inserção da fitoterapia acontece a partir de motivações diversas: aumentar os recursos terapêuticos, resgatar saberes populares, preservar a biodiversidade, educação ambiental e popular, agroecologia e desenvolvimento social. Há uma ambivalência que ora pende para o reforço da autoatenção, as ações educativas, intersetoriais e a participação comunitária, constituindo-se em forma de cuidado e promoção da saúde; ora restringe o processo à incorporação de fitoterápicos manipulados ou industrializados à farmácia dos serviços de APS, para uso estritamente profissional. Ressalta-se uma visão ampliada da fitoterapia que incorpore esses dois enfoques, numa perspectiva de uma ecologia de saberes e práticas em saúde.

ANTONIO, G.D.; TESSER, C.D.; MORETTI-PIRES, R.O.

Interface (Botucatu), v.17, n.46, p.615-33, jul./set. 2013.

https://scielosp.org/article/icse/2013.v17n46/615-633/

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O perfil dos raizeiros e a comercialização de plantas medicinais em feiras livres do município de Vitória da Conquista, Bahia

 

RESUMO

O tratamento de doenças com plantas medicinais é uma prática muito antiga, sendo os raizeiros importante fonte de informação sobre estas, comercializando-as e orientando como usá-las e prepará-las. Diante disso este trabalho teve como objetivo avaliar o perfil sócio demográfico dos raizeiros alocados em feiras livres do município de Vitória da Conquista – BA e os seus conhecimentos sobre as plantas medicinais mais indicadas. O estudo realizado refere-se a uma pesquisa de campo que se utilizou como técnica metodológica questionários semiestruturado enfatizando o perfil sócio demográfico dos raizeiros, o levantamento das plantas medicinais mais solicitadas por eles e as características específicas referentes as duas planta mais comercializadas. Foram entrevistados 13 raizeiros que possuíam ponto de vendas nas principais feiras livres do município, sendo eles na sua maioria do gênero masculino (54%), com faixa etária variando de 20 a 70 anos. Quanto ao tempo de oficio 54% dos entrevistados trabalhavam a mais de 10 anos com plantas medicinais. A “barbatimão” e “aroeira” foram as duas plantas mais solicitada, sendo indicados por eles como antiinflamatório, cicatrizante e antimicrobiano, ações terapêuticas todas comprovadas cientificamente, o que indica que os raizeiros possuíam conhecimentos adequados.

 

Patrícia Azevedo da Silva , Luciana Amaral de Faria , Marcelo José Costa Lima Espinheira , Geysa Donária de Miranda Mascarenhas , Kelle Oliveira Silva

 

EX@TAS ONLINE. Ano: 2014 | Volume: 5 | Número: 2 ISSN 2178-0471

https://www.sumarios.org/artigo/o-perfil-dos-raizeiros-e-comercializacAo-de-plantas-medicinais-em-feiras-livres-do-municipio

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Comercialização de Plantas Medicinais no Município de Arapiraca-AL

RESUMO

O comércio de plantas medicinais em feiras livres faz parte da cultura de muitas cidades da região Nordeste do Brasil. Objetivou-se com esta pesquisa verificar a existência de padrões de comercialização de plantas medicinais nas feiras livres do município de Arapiraca-AL. A metodologia incluiu a realização de entrevistas semiestruturadas, aplicadas a vendedores de plantas medicinais, sendo estas gravadas em áudio após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, as técnicas da observação direta, “bola de neve” e lista livre. Os informantes indicaram 42 plantas medicinais, tendo Fabaceae com maior destaque em número de espécies. Do total de espécies identificadas, a maior parte é nativa (82%) e o hábito predominante é o arbóreo. Este estudo revelou que a produção e comercialização de plantas medicinais possuem um padrão local, com as plantas adquiridas através de terceiros, não havendo um padrão mínimo de qualidade, sendo necessária a implantação de políticas públicas voltadas a capacitação destes profissionais, agregando valor ao saber popular sobre plantas medicinais.

LIMA, I.E.O.; NASCIMENTO, L.A.M.; SILVA, M.S.

Rev. bras. plantas med.,  Botucatu ,  v. 18, n. 2, p. 462-472,  June  2016 .  

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722016000200462&lng=en&nrm=iso

doi.org/10.1590/1983-084X/15_201. access on  27  Apr.  2021.

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Plantas medicinais e de uso religioso comercializadas em mercados e feiras livres no Rio de Janeiro, RJ, Brasil

RESUMO

Esse estudo objetivou o levantamento das espécies comercializadas em feiras livres e mercados no Rio de Janeiro, a verificação da utilização (medicinais e/ou de uso religioso) e as formas de obtenção das mesmas (cultivo e/ou extrativismo em Mata Atlântica e/ou áreas ruderais). Foram visitadas quatro feiras livres e quatro mercados e realizadas coletas de campo, na Serra do Mendanha, acompanhadas por um informante. As informações foram provenientes de observação participante e entrevistas semi-estruturadas. Foram inventariadas 127 espécies pertencentes a 58 famílias, sendo Asteraceae (17 espécies), Lamiaceae (9), Leguminosae (7), Euphorbiacaea, Lauraceae, Piperaceae e Solanaceae (5) as de maior riqueza. A maioria das espécies é utilizada para fins terapêuticos (70,1%) e existe um relativo equilíbrio entre extrativismo (40,4%) e cultivo (52,8%) para estas, com poucas incluídas nos dois casos (6,7%). Em relação às plantas utilizadas para fins religiosos, constatou-se que o extrativismo (64,3%) sobrepõe-se ao cultivo (32,1%), com apenas 3,6% em ambos os casos. A coleta se dá predominantemente na Mata Atlântica (83,3%), em áreas que fazem parte ou circundam Unidades de Conservação. Isto reflete a crença de que estas espécies devam ser retiradas preferencialmente de seus locais de origem. Sugere-se que a pressão de coleta exercida sobre as plantas de uso religioso na Mata Atlântica contribua para a vulnerabilidade das mesmas.

AZEVEDO, Sheila Karla Santos de; SILVA, Inês Machline. 

Acta Bot. Bras.,  São Paulo ,  v. 20, n. 1, p. 185-194,  Mar.  2006 .  

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062006000100017&lng=en&nrm=iso  

doi.org/10.1590/S0102-33062006000100017. access on  27  Apr.  2021.

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Utilização de plantas medicinais como remédio caseiro na Atenção Primária em Blumenau, Santa Catarina, Brasil

Resumo

Na última década foi observado um aumento no uso de práticas terapêuticas alternativas apoiadas por políticas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), em particular o uso de plantas medicinais e de fitoterápicos. Este estudo investigou o uso de remédios caseiros pelos usuários da Atenção Primária da Saúde do município de Blumenau, em Santa Catarina. Estudo epidemiológico observacional seccional, cujos dados foram obtidos através de questionário aplicado a 701 indivíduos. Utilizou-se um modelo de regressão logística não condicional para estimar a associação entre uso de remédios caseiros e variáveis sócio demográficas e médico assistenciais. Observou-se que 21,9% dos entrevistados utilizaram remédios caseiros, sendo as plantas medicinais obtidas no quintal das casas a principal escolha. Como as mais citadas destacaram-se erva-cidreira, camomila, hortelã e limão. O uso de remédios caseiros se mostrou associado ao sexo feminino, à idade mais avançada e à modalidade de serviço, Estratégia Saúde da Família. Os resultados mostraram que as plantas medicinais são utilizadas como alternativa terapêutica. Entretanto, é necessário que os serviços de atenção primária garantam o acesso aos produtos naturais, bem como profissionais qualificados capazes de fornecer orientações sobre sua utilização.

Zeni, Ana Lúcia Bertarello et al. Utilização de plantas medicinais como remédio caseiro na Atenção Primária em Blumenau, Santa Catarina, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva [online]. 2017, v. 22, n. 8 [Acessado 5 Janeiro 2022] , pp. 2703-2712. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1413-81232017228.18892015>. ISSN 1678-4561. https://www.scielosp.org/article/csc/2017.v22n8/2703-2712/

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